"Até que os leões tenham seus próprios historiadores, as histórias de caçadas continuarão glorificando o caçador." - Eduardo Galeano

"O século 20 produziu uma espécie terrível de pessoas: a do homem que acredita realmente que é publicado nos jornais." - Oswald Gottfried Spengler

"A democracia é o canal por onde o bolchevismo conduz o veneno para os países desunidos, deixando-o agir tempo suficiente para que as infecções produzam o definhamento da razão e do poder de resistência." - Adolf Hitler

"Quem vive da mentira deve temer a verdade!" - Friedrich Christian, Príncipe de Schaumburg Lippe

"A razão pela qual os homens são silenciados não é porque eles falam falsamente, mas porque eles falam a verdade. Isso porque, se os homens falam mentiras, suas próprias palavras podem ser usadas contra eles, enquanto se eles falam verdadeiramente, não há nada que pode ser usado contra eles, exceto a força." - John “Birdman” Bryant

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

A cabala na bandeira de Pernambuco


                      

Conforme http://pt.wikipedia.org/wiki/Bandeira_de_Pernambuco (acesso em 20/11/2014 às 21:20 hr) lemos sobre o significado da simbologia e cores da bandeira do estado de Pernambuco esta explicação papalva: 

A atual Bandeira Pernambucana com uma estrela (acima) foi originada na revolução separatista de 1817, sendo oficializada pelo decreto nº 459/1917, na comemoração do centenário da mesma revolução, pelo governador Manuel Antônio Pereira Borba.

Não há consenso sobre os significados de seus símbolos. Mas segundo a Wikipédia a cor azul do retângulo superior simboliza a grandeza do céu pernambucano; a cor branca representa a paz; o arco-íris (verde, amarelo, vermelho) representa a união de todos os pernambucanos; a estrela caracteriza o estado no conjunto da Federação, que na bandeira nacional é representado por Denebakrab (é uma estrela da constelação de Escorpião); o Sol é a força e a energia de Pernambuco; finalmente, a cruz representa a fé na justiça e no entendimento.

Já a bandeira da Revolução Pernambucana separatista continha três estrelas que representam as províncias participantes da revolução: Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte.

A bandeira da Revolução Pernambucana separatista de 1817 com 3 estrelas (abaixo, e reparem o compasso e esquadro e o G.A.D.U. maçons) foi idealizada pelo padre maçom João Ribeiro de Melo Montenegro. A pintura ficou a cargo de Antônio Álvares e o alfaiate José do Ó Barbosa se encarregou da costura. Foi apresentada pela primeira vez em 02 de abril de 1817.

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Porém, a verdade é bem outra, conforme nos relata com vasto embasamento o grande pesquisador e sagaz conhecedor dos bastidores da História do Brasil, Gustavo Barroso (29/12/1888 - 03/12/1957). Leiamos este trecho de sua excepcional obra de a "História Secreta do Brasil"

     A preparação maçônica vinha sendo lenta e seguramente feita. Diversos pedreiros-livres, enviados para aqui e para ali, desde 1809, fundavam lojas nas cidades de seu domicílio, de acordo com o Governo Supremo, exercido pelo Grande Oriente da Bahia, onde residia maior número dos maçons "que tinham sido iniciados e elevados aos altos graus na Europa (24)". Em 1816, já Pernambuco contava uma Grande Loja provincial e 4 regulares (25), todas articuladas com as baianas e fluminenses, uma das quais, a Distinta ou Distintiva de Niterói, era freqüentada por um dos irmãos Cavalcanti de Albuquerque (26), que participara da conjura de 1801 e participaria da de 1817.

     O governo real recebia denúncias anônimas da trama. Diziam-lhe que os revolucionários pretendiam deixar-lhe unicamente o título de D. João de Bragança (27). O processo, aliás, estava nos moldes da maçonaria, que já crismara o infeliz Luiz XVI como Luiz Capeto tout court. Talvez por isso houvessem dado aquele nome de São João de Bragança à loja da gente do próprio paço. Esses jogos de palavras simbólicas são uma das muitas especialidades da seita.

     Aproximava-se em Pernambuco a época fixada para o estouro do movimento que o governador Caetano Pinto de Miranda Montenegro, tolerante, descuidoso e indolente, não era homem para reprimir com a energia necessária. No "Correio Brasiliense", Hipólito da Costa atribuiu-o, depois, ao descontentamento do povo pelas contribuições e conscrições forçadas para a guerra da Banda Oriental contra Artigas (28). O duque de Palmela replicou-lhe, esmagando-lhe os argumentos de arranjo, com as provas de que não fôra lançado tributo algum, porque as tropas em campanha estavam sendo pagas pelo erário de Lisboa! Além disso, as milícias nacionais que operavam no Sul eram na quase totalidade do Rio Grande, Santa Catarina e São Paulo: gaúchos da fronteira, guaranis missioneiros, o regimento dos Barriga-Verdes e a formidável Legião dos Paulistas. Havia, na verdade, carestia de vida, mas não por culpa de impostos do governo. Ela fôra provocada por especuladores que açambarcavam os carregamentos de gêneros e "os revendiam a retalho ao público de maneira a mais arbitrária (29)". O que ofendia ao povo miserável não era nenhum arrocho do governo real que foi, na opinião da João Ribeiro e Oliveira Lima, sempre paternal, mas a ostentação de luxo e de empáfia dos comissários de algodão em maré de fartura, novos mascates, cheios de dinheiro pela alta do produto, conseqüência ainda da cessação do bloqueio continental e da guerra entre a Grã-Bretanha e os Estados Unidos, de 1812 a 1813. Havia certa rivalidade entre brasileiros e portugueses. A insolência dos ricaços cristãos-novos aumentava-a.

     A maçonaria aproveitou habilmente a carestia e a situação, atribuindo a primeira ao governo e a segunda aos portugueses, quando ambas eram resultado da atuação da mesma casta judaica. O próprio Caetano de Miranda Montenegro, na ordem do dia de 4 de março de 1817, apesar de ter sido até então iludido pelos que mais de perto o cercavam (30), reconhecia que se havia lançado mão de tais meios. Toda a gente estava farta de saber que a conspiração se forjava nas lojas maçônicas (31). Hipólito da Costa apelava para a explicação do descontentamento popular, porque isso lhe convinha como maçon. Rosa-Cruz que era (32). Se fomes e carestias por si sós determinassem revoluções, cada seca no Ceará seria um apocalipse social, entretanto, nenhum povo sofre mais resignado do que o cearense. As fomes e as carestias são sempre adrede provocadas pelas forças ocultas para criar climas revolucionários, em que os agitadores demagogos possam mover as massas desatinadas. Em geral, "os filósofos e intrigantes são sempre os autores das revoluções (33)". O povo não passa de pretexto ou de força bruta posta em movimento para se conseguirem certos fins. A revolução de 1817 não foi absolutamente feita pelo povo, nem teve o apoio do povo, como o reconhecia o brigadeiro Lima e Silva, em 1824, antes pelo contrário, pois o interior, mais tradicionalista do que o litoral e livre das influências cosmopolitas, ou não aderiu a ela ou contra ela se insurgiu de mãos armadas. A revolução foi feita unicamente pela maçonaria, servindo-se da tropa, indisciplinada de antemão, cujos inferiores tinham chegado ao ponto de atentar contra a vida de seus superiores e dentro dos quartéis!

     A 6 de março de 1817, houve motim no corpo de artilharia da guarnição, transpassando um dos oficiais o comandante com a espada. O governador mandou prender o culpado e mais outros colegas, bem como o agitador Domingos Martins Dourado (34), de volta de Londres, onde quebrara, dizem uns que fraudulentamente (35), mas ele defendeu-se da imputação. Tais prisões determinaram o levante, decerto antes do tempo, o que fez gorar a revolução geral, ainda não de todo articulada nas outras províncias. As unidades rebeladas abriram fogo de fuzilaria contra os elementos fiéis à legalidade e o governador se recolheu à fortaleza do Brum, onde não tardou a capitular, sendo remetido para o Rio de Janeiro. Soltaram-se os maçons presos e todos os criminosos da cadeia pública, que vieram engrossar as fileiras revolucionárias, meio técnico de todas as revoluções judaicas para espalhar o terror e entocar a burguesia, como preceituam as diretivas atuais da Internacional. Essa gente cometeu os mais horríveis excessos (36). Arengaram ao populacho desenfreado, pelas esquinas, Domingos Martins, o padre João Ribeiro Pessôa e, a dar crédito aos ofícios governamentais e consulares da época, o ouvidor de Olinda, Antonio Carlos Ribeiro de Andrada, que alguns papéis dizem de Abreu, acusado até de homicídio na pessoa dum negociante de Santos (vide a nota 26). Segundo Muniz Tavares, o mesmo era um dos que anteriormente peroravam com veemência nos conciliábulos maçônicos. Todavia, nos interrogatórios a que mais tarde foi submetido, o irmão de José Bonifácio defendeu-se, ao que dizem, com algum fundamento, dessas increpações e "verberou o movimento (37)". Era, entretanto, maçon e de alto bordo!... Foi, segundo o manifesto maçônico de 1832, assinado por José Bonifácio, o 1º Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil. Fundara em Pernambuco uma Universidade Secreta, nos moldes do Areópago de Arruda Câmara.

     Deu-se a interessante coincidência de estarem surtos no porto do Recife vários navios franceses, entre os quais "La Felicité", cujo imediato Luiz Vicente Bourges, isto é, Borges, descendente dos cristãos-novos emigrados de Portugal para Bordéus, não perdeu a oportunidade de fazer grande carga de gêneros da terra, sobretudo algodão, a preços vis, graças ao movimento revolucionário (38). Repitamos ainda a frase sacramentai de Sombart: "A guerra é a seara do judeu!". 

     Constituiu-se um governo provisório, composto de 5 membros: Domingos Martins, José Luiz de Mendonça, Manuel Corrêa de Araujo, o coronel Domingos Teotonio Jorge e o padre João Ribeiro Pessôa. Para captar simpatias, essa junta aboliu certos impostos e aumentou o soldo da tropa, praticando "atos políticos repassados de moral jacobina (39)". Preparou-se para resistir a qualquer reação ou para coadjuvar outros pontos rebelados, montando navios armados, com tripulações estrangeiras. Os oficiais e soldados rebeldes arrancaram das fardas e barretinas as armas e topes reais. Pensaram, ao princípio, em conservar a bandeira portuguesa sem o escudo, porque, sendo branca, de longe haveria confusão e os navios de passagem ou arribada, vendo-a tremular nos fortes, não notariam a mudança de situação e não levariam a notícia a outros portos, o que daria tempo de se aperceberem melhor para a luta. Quiseram, depois, adotar a tricolor francesa (40). E acabaram aceitando o projeto de bandeira maçônica apresentado pelo padre João Ribeiro Pessôa: "bicolor, azul-escuro e branca, sendo as cores partidas horizontalmente; a primeira em cima e esta por baixo, e tendo, no retângulo superior azul, o arco-íris com uma estrela (41) em cima e o sol por baixo, dentro do semi-círculo; e no inferior, branco, uma cruz vermelha (42)". Entregues à tropa, as novas bandeiras foram solenemente abençoadas no campo do Erário (43), numa espécie de reprise, em ponto pequeno, da Festa da Federação do Paris revolucionário, no Campo de Marte.

     Dizem os historiadores da revolução de 1817 que o arco-íris significaria, nas suas três cores fundamentais, Paz, Amizade e União. Este é o significado demótico, aparente. O significado verdadeiro e profundo somente o pode revelar a cábala maçônico-judaica que esses historiadores desconheciam. O arco-íris é o AZILUTH cabalístico do Grande Pentáculo da Luz Eterna sob os atributos do Sol, que não foi esquecido e está posto embaixo, como seu gerador. O AZILUTH é a síntese da Unidade a que correspondem as 7 vozes ou cores da análise (44). Sobre essa síntese, dominando o mundo, a Estrela de cinco pontas do Microcosmo salomônico, o Homem Divinizado. Todos esses símbolos, note-se bem, estão sobre a Cruz ensangüentada! Afirma-se que esta relembra o primitivo nome do Brasil, — puro engodo dos simbolistas sibilinos. A hermenêutica cabalística ensina que arco-íris, sol e estrela dominam e ensangüentam a cruz! As cores das duas faixas repetem as das palas da bandeira maçônica da revolução baiana de 1798, azul e branca, cores de Israel, que figuram no pavilhão sionista da Palestina com a Magsen David em traços de ouro. A leitura exata desses símbolos cabalísticos mostra o verdadeiro caráter do movimento de 1817. Os ignorantes poderão sorrir desta interpretação. Pouco importa! Os judeus cabalistas e os maçons que conhecem os seus símbolos sabem que ela é absolutamente verdadeira.

     A revolução logo se estendeu à Paraíba e ao Rio Grande do Norte; mas seus emissários ao Ceará e à Bahia, o sub-diácono José Martiniano de Alencar e o padre Roma, José Inácio de Abreu Lima, nada conseguiram. José Pereira Filgueiras, o grande caudilho sertanejo, levantou em prol da realeza o interior do Ceará (45). O sul de Pernambuco insurgiu-se contra os republicanos maçons do Recife. A contra-revolução estalou nos sertões de Alagoas. As outras províncias próximas ou remotas conservaram-se indiferentes. Antonio Gonçalves da Cruz, o Cabugá, enviado aos Estados Unidos, nenhum socorro obteve oficialmente e mal conseguiu algumas provisões de guerra por meio da "especulação particular", as quais nem chegaram a tempo. Parece que se pensou em nomear Hipólito da Costa, ministro da nova República em Londres, mas a ideia, se existiu, não foi avante.

     Alguns fugitivos de Pernambuco, chegando em breve prazo à Bahia de tudo informaram o governador conde dos Arcos, que tomou providências enérgicas e imediatas com os recursos de que dispunha. O padre Roma foi preso. Aprestaram-se expedições para atacar por mar e terra o foco da rebeldia. Lá dentro, lavraram dissenções. Muitos dos revoltosos haviam sido iludidos, como sói acontecer, quanto aos verdadeiros intuitos da maçonaria. Tinham-se levantado contra impostos e vexações, não contra o poder real. Demonstra isso a proposta de José Luiz de Mendonça ao Governo Provisório de que participava, que vem na obra de Muniz Tavares (46). Idêntica traça fôra posta em prática na Inconfidência Mineira.

     É digno de nota o grande número de sacerdotes que tomaram parte ativa na revolução: Alencar, Roma, Miguelinho, Caneca, João Ribeiro. Além dessas figuras principais, muitos frades, cônegos, vigários e coadjutores. Diz Mario Melo que tinham sido enfeitiçados pelo liberalismo (47). Eram todos maçons! padre Miguelinho, Miguel Joaquim de Almeida Castro, iniciara-se em Lisboa, no ano de 1807 (48). O padre João Ribeiro era iniciado, segundo Oliveira Lima, nos "mistérios da democracia". Todos esses religiosos, homens mais ou menos cultos, não podiam ignorar que incorriam na maior penalidade da Igreja, - a excomunhão maior, ipso facto, que pesa sobre a cabeça de todo católico que se fizer maçon. Não vale dizer, como assoalham os ignorantes no assunto, que a maçonaria, nessa época, ainda não tinha sido condenada pela Santa Sé, porque isso absolutamente não é verdade. A primeira condenação foi feita pela bula de Clemente XII, IN EMINENTI, em 1738, e a segunda, pelo breve PROVIDUS, de Bento XIV, em 1751 (49). Os eclesiásticos maçons de Pernembudo foram vítimas do que Valéry-Radot denomina "paródia demoníaca da mensagem evangélica da fraternidade (50)". Já nesse tempo, 1817, a maçonaria punha em prática no Brasil-Reino o processo que, vinte e nove anos mais tarde, em 1846, figura nas INSTRUÇÕES SECRETAS da Alta Venda Carbonária de Roma, documento preciosíssimo apanhado pela polícia de Sua Santidade o Papa Gregório XVI: "O clero deve marchar sob o vosso estandarte, julgando sempre que está marchando à sombra da bandeira das chaves apostólicas (51)". Estavam, na verdade, enfeitiçados, como diz o maçon Mario Melo, ilustre jornalista e historiador. O termo não poderia ser melhor empregado.

     As providências do conde dos Arcos puseram rapidamente termo à revolução pernambucana. A frota de Rodrigo Lobo bloqueou o Recife restabeleceu a ordem em Natal, de onde o governo revolucionário fugiu Para a serra do Martins. O marechal de campo Cogominho de Lacerda marchou contra os rebeldes com alguma tropa da Bahia, pelo interior. Sem apoio no sertão conflagrado o Governo Provisório da República Maçônica procurou negociar uma capitulação com o comandante da esquadra, que se recusou a qualquer entendimento. Então, Domingos Teotônio Jorge, como os irmãos do Rio Grande do Norte, buscou refúgio fora da capital, levando a guarnição e os cofres que nó início da revolução estavam "bastante cheios (52)". 

     Ao aproximar-se Cogominho, Rodrigo Lobo deu um desembarque. O Recife foi ocupado sem resistência. O padre João Ribeiro Pessôa suicidou-se. Os republicanos dispersaram-se. Alguns dos que foram apanhados seguiram presos para a Bahia (53). O governador nomeado para Pernambuco, Luiz do Rego, seqüestrou os bens dos réus e fez julgar vários por uma comissão militar. Mandaram-se alguns para os cárceres de Lisboa; degredaram-se outros para a África; arcabuzaram-se outros. Foram passados pelas armas na Bahia, com horrível aparato, Domingos Martins, José Luiz de Mendonça e o padre Miguelinho. Mais três vítimas oferecidas pela maçonaria aos seus deuses ocultos! O padre Roma havia sido fuzilado a 23 de março.

     O movimento terminou a 20 de maio de 1817,dominado com relativa facilidade, porque "estalou prematuramente" e os maçons da Bahia "desorientados com a iniciativa do conde dos Arcos, nada puderam fazer (54)". Durante a rebeldia e o processo, os anônimos preveniam D. João VI que os "presos eram abundantemente socorridos e protegidos abundantemente segundo os capítulos da seita (55)". Denunciavam mesmo os maçons de sua entourage, como o conde de Parati, o marquês de Angeja e o barão de São Lourenço. Os dois primeiros abjuraram, penitenciaram-se e receberam o perdão do soberano indulgente. O último era mais ladino e perigoso. Chamava-se Francisco Bento Maria Targini e exercia o cargo de conselheiro da fazenda. Filho dum italiano astuto, sem eira nem beira nem ramo de figueira, judeu disfarçado pelos moldes e modos, alçara-se de mero guarda-livros duma comandita ou sociedade anônima lisboeta aos altos postos do Estado. Enriquecia no que hoje se denomina advocacia administrativa e corrompia toda a gente que rodeava o monarca, a poder de ouro. As denúncias apontavam-no como "chefe dos traidores (56)". 

     O judaísmo maçônico fôra vencido à luz do sol em Lisboa e no Recife. Voltaria à carga pelos subterrâneos e já tinha plantado suas daninhas sementes dentro da própria casa de El Rei!

     Mal decorrera um semestre desde o término da revolução pernambucana e já se preparava outra, com a mesma finalidade, disfarçada na ideia da constitucionalização do reino, afim de não ferir susceptibilidades e angariar maior número de adeptos, em Portugal. Em janeiro de 1818, o desembargador Manuel Fernandes Tomás, o advogado-poeta José Ferreira Borges, raça de cristãos-novos, e outros constituíram um SINHÉDRIO, — que evocava, diz acertadamente Rocha Martins, o "supremo conselho dos judeus". O judaísmo-maçônico é o eterno gato escondido com o rabo de fora. Como o avestruz, julga que ninguém o vê, porque ocultou a cabeça e não está vendo ninguém...

     Em tal SINHÉDRIO figuravam negociantes abastados e práticos: João Ferreira Viana (?), Lopes Carneiro, Duarte Lessa, José Gonçalves dos Santos e Silva, José Pereira de Menezes. Apoiavam-nos os militares maçons, sobretudo os da loja Liberdade. A voz do povo apontava todos os constitucionalistas como maçons e herejes (57). Foi daí que partiu e se avolumou a revolução portuguesa de 1820, que criou as Cortes, arrancou D.João VI ao seu querido Brasil e levou-o a morrer na Bemposta da água-tofana dos mistérios... (58).

     A maçonaria, que parecia ter perdido a cartada, acabou ganhando o jogo. As lojas, os sinhédrios, as sinagogas, os kahals daquém e além-mar, marchando ao som do "trovão de França" que ainda se não apagara na história, caminhavam, com a lentidão de quem anda apalpando as trevas, para o Domínio Universal!! Que lhes importava o cadáver do boníssimo rei que o veneno estendera no leito mortuário? Envenenariam mais ainda do que o corpo a sua memória, cobrindo-o de ridículo imerecido.

Fonte: https://www.passeidireto.com/arquivo/2976624/gustavo-barroso---historia-secreta-do-brasil---volumes-ii/7 (História Secreta do Brasil, tomo 2, de Gustavo Barroso, págs 16 a 22)

Notas: 

(24) Francisco Munis Tavares, op. cit. pág. LXXXV. 
(25) Op. cit. loc. cit. Notas à mesma, de Oliveira Lima, pág. 78. As 4 lojas regulares eram: Pernambuco do Oriente, fundada por Cruz Cabugá; Pernambuco do Ocidente, por Domingos Martins; Restauração e Patriotismo, e Guatimozin. É a primeira vez que o nome de Guatimozin surge na maçonaria brasileira. Veremos a importância que tomou mais adiante. 
(26) Rocha Martins, op. cit., pág. 13. Alguns historiadores escrevem Distinta e ouros Distintiva. Parece que, a última versão é a certa. Na sua "História do Brasil Reino e do Brasil Império", ed. de 1871, diz Melo Morais: "No ano de 1812, na freguesia de S. Gonçalo da Praia Grande ou Niterói, se organizou uma loja maçônica, denominada Distintiva, com sinais, toques e palavras simbólicas, diversos dos toques, sinais e palavras das outras instituições deste gênero, tendo por emblema no selo grande um índio vendado e manietado com grilhões, e um gênio em ação de o desvendar e desagrilhoá-lo. 
     Esta loja, verdadeiramente republicana e revolucionária, era dominada pela influência de dois membros mui proeminentes, que eram José Mariano Cavalcanti de Albuquerque, que tinha vindo de Pernambuco para este fim (o qual foi um dos principais colaboradores da revolução de 6 de março de 1817, e que assassinou o brigadeiro Manuel Joaquim Barbosa, comandante do regimento de artilharia, do qual era secretário, para auxiliar o capitão José de Barros Lima, Leão Coroado, de quem era genro), e Antonio Carlos Ribeiro de Andrada Machado e Silva, então oculto por causa da imputação de morte feita na pessoa do negociante José Joaquim da Cunha da vila de Santos", pág. 16. Acrescenta Melo Morais que a papelada dessa loja foi roubada e levada ao intendente de polícia Paulo Fernandes Viana, que mandou chamar os implicados e os advertiu, prometendo eles não mais fazerem nada. 
(27) Rocha Martins, op. cit. pág. 12. 
(28) "Correio Brasiliense", n.° 108, de maio de 1817. 
(29) Ofício de Maler sobre a revolução de 1817 in "Revista do Instituto Arqueológico de Pernambuco". 
(30) L. F. de Tollenare, "Notas dominicais", trad. de Alfredo de Carvalho, Recife, 1908, pág. 176. 
(31) Oliveira Lima, "D. João VI no Brasil", tomo I I , pág. 791. 
(32) No retrato de Hipólito, em ponto grande e colorido, que se acha na sala das sessões comuns da Academia Brasileira de Letras, tirado de gravura da época, se vê, pendente dum fitão, ao pescoço, a insígnia do grau 18, cavaleiro Rosa-Cruz. 
(33) L. F. de Tollenare, op. cit. pág. 185. 
(34) O nome, a vida, os meios de que lançava mão, a agitação constante fazem suspeitar que fosse cristão-novo. Negociante-revolucionário, só judeu. 
(35) Oliveira Lima, op. cit. tomo I I , pág. 792. A casa comercial era Barroso, Martins, Dourados e Carvalhos. A quebra é exata, o que não é de pasmar com um chefe revolucionário... 
(36) Todos esses excessos estão pormenorizadamente escritos no cap. IV da obra citada de Francisco Muniz Tavares, historiador dos mais conscienciosos. 
(37) Francisco Muniz Tavares, op. cit. notas de Oliveira Lima, pág. 155. 
(38) Oliveira Lima, op. cit. tomo I I , pág. 794. 
     Bandeira da revolução maçônica de 1817, em Pernambuco. Sobre a Cruz ensangüentada, o Sol, o Arco-íris e a Estrela de cinco pontas. Leiamos estes símbolos cabalísticos; O sangue que se vê na cruz, embaixo, segundo Eliphas Lévi, "La science des esprits", págs. 213-215, é "o grande agente simpático da vida, o motor da imaginação e o fluido universal", ao mesmo tempo que exprime a violência contra a cruz. O resultado disso é o Arco-íris, o Aziluth, síntese produzida pela fonte de vida material, o Sol, e dominada pela Estreia. Isto é: ensangüentando a cruz se constrói uma nova síntese social de fundo materialista, dominada pelo homem divinizado. Não há na leitura dos hieróglifos maçônicos a menor dose de imaginação. Ela resulta somente da interpretação dos seus símbolos como preceituam as sumidades na matéria. 
(39) Op. cit. tomo I I , pág. 801. 
(40) L. F. Tollenare, op. cit. págs. 203-205. 
(41) Certas versões dão 3 estrelas, correspondendo às três províncias levantadas: Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte; mas os modelos oficiais trazem somente uma, de acordo com esta descrição. 
(42) Varnhagen, "História Geral do Brasil", 2.ª ed., Rio de Janeiro, págs. 1133-1134. 
(43) Francisco Muniz Tavares, op. cit. págs. 99-101 da 2; ed., Recife, 1884. 
(44) Eliphas Lévi, "Les mystéres de Ia Kabbale", Nourry, Paris 1920, pág. 158.  
     Esse simbolismo não passou despercebido ao brigadeiro Inácio Madeira, que, a 17 de março de 1822, escrevia a D. João VI, historiando os sucessos que ocorriam na Bahia e relembrando os de 1817, e dizia: "...o escudo de suas armas foi substituído pelas pinturas do sul e da lua e alguns outros hieróglifos..." O velho soldado teve a clara intuição da importância dos símbolos. Entre os hieróglifos, não estava a lua, mas o arco-íris, o AZILUTH cabalístico, cujas sete cores se resumem em três cores irredutíveis. 
     A respeito, explica Dario Veloso, em "O templo Maçônico", pág. 174, referindo-se ao arco-íris: "Arte, Ciência e Mistério são os três veículos, os três focos iniciáticos, que irradiam a luz branca, a vermelha e a azul, luzes que se harmonizam em esplendor único: o esplendor do Verdadeiro: da Causa: Energia: Essência: Deus". Esse Deus-Causa-Energia é o Deus-Matéria da maçonaria. A respeito da significação do sol, escreve ainda o referido autor maçônico à pág. 208 da op. cit. que, "interpretado literalmente, pode significar astro, luz, calor, vida, força; figuradamente, Criador dos Seres, imagem de Deus, símbolo do Eterno, luz do Universo". As nossas interpretações estão, portanto, de pleno acordo, segundo se vê, com uma grande autoridade da própria maçonaria brasileira: o sr. Dario Veloso. 
(45) Barão de Studart, "O movimento de 17 no Ceará", pág. 35. 
(46) Op. cit. pág. CX. 
(47) "A maçonaria e a revolução pernambucana de 1817" in "Revista do Instituto Arqueológico de Pernambuco", passim. Na lista da devassa procedida na Bahia e publicada por Muniz Tavares, figuram nada menos de 35 eclesiásticos!  
(48) Pereira da Costa, "A maçonaria em Pernambuco", passim. 
(49) Vieram, depois, mais cinco condenações: em 1821, pelo breve ECCLSIAM, de Pio VII; em 1825, pela bula QUO GRAVIORA, de Leão XII; em 1832, pela bula MIRARI VOS, de Gregorio XVI; em 1865, pela bula MULTIPLICES INTER, de Pio IX; em 1884, pela bula HUMANUM GENUS, de Leão XIII, Cf. Raich, "Kirchenlexicon", art.° "Frei maurer"
(50) "Le temps de Ia colére", B. Grasset, Paris, 1932, pág. 270. 
(51) Crétineau-Joly, "L'Eglise "Romaine en face de Ia Révolution"
(52) Francisco Muniz Tavares, op. cit. cap. XVII; Varnhagen, "História Geral do Brasil". 3; ed. integral, tomo V, pág. 192. 
(53) Op. cit. cap. XVIII. 
(54) Carta de D. Carlos de Alvear, então no Rio de Janeiro, a D. Matias Irigoyen, datada de 25 de abril de 1817, que se encontra nos papéis do Foreign Office de Londres, traduzida para o inglês. 
(55) Rocha Martins, op. cit. págs. 12-13. 
(56) Op. cit. loc. Entre os conspiradores de 1817, encontra-se um David Targini. O nome dá que pensar. Aliás o Targini barão andou pelo Nordeste em funções da fazenda. Esteve até no Ceará, onde fez versos... 
(57) Op. cit. págs. 56-57, 62 e 66. 
(58) Pedro Calmon, "O Rei Cavaleiro", Companhia Editora Nacional, São Paulo, 1935, pág. 183; "No dia 3 fôra à quinta do Belém ver uma procissão. A 4, na Bemposta, comera umas laranjas: sobreviera-lhe o acidente, meia hora antes do despacho, e como se nenhuma peça daquele organismo túrgico resistisse à corrosão, em cinco dias acabou entre terríveis padecimentos". Pedro Calmon, "O Rei do Brasil", José Olímpio, Rio de Janeiro, 1935, pág. 321: "O embaixador A' Court, dois meses depois, em audiência que Carlota Joaquina lhe deu, ouviu aos lábios da rainha viúva a acusação de terem envenenado o seu marido com doses sucessivas de água tofana, um composto de arsênico. 'Ela poderia mesmo precisar quando foi propinada a primeira dose'". Cf. Alberto Pimentel. "D. Miguel", Lisboa, 1905. 
     Rocha Martins, "A independência do Brasil", Lisboa, 1922, págs. 343-344; "...a doença fôra súbita e violenta, ou muito poderoso o veneno ingerido. É certo que ninguém duvidou de que o rei morresse empeçonhado e à volta do finamento da negra, sua dedicada, a que provava a sua comida e não estivera em Belém, grande atoarda soara. O imperador-rei falecera em março; em novembro acabara o físico-mor do reino e relacionou-se tudo isto, falava-se em personagens misteriosas emistelando a laranja, doce e sumarenta em filtros raros muito secreto que não deixavam vestígios, uma tática nova a substituir as revoltas, adotada pelos conspiradores".  
     Depois disso, Rocha Martins dá curso à balela maçônica de que o veneno viera das mãos de Carlota Joaquina, quando a declaração desta a A' Court a desmente, pois, se fosse ela, não precisaria afirmar ao diplomata estrangeiro, que nada lhe perguntara, que estava certa da peçonha e de quando haviam começado a aplicá-la. A maçonaria tem grande experiência da água tofana e sabe habilmente lançar a desconfiança sobre as pessoas que lhe convêm... Dona Carlota Joaquina foi uma inimiga terrível da maçonaria, a qual acumulou sobre a memória da rainha todas as calúnias imagináveis. Basta lembrar que o Manifesto Maçônico de 1831, publicado em 1832, redigido por Gonçalves Lêdo e assinado por José Bonifácio, denomina-a textualmente: "o Dragão que cavou o abismo em que correram risco de ser tomados todos os maçons brasileiros".  
     Na "Linguagem Maçônica", constante do "Livro Maçônico do Centenário", à pág. 148 se lê: "ÁGUA TOFANA — Preparado químico de um tóxico destinado aos perjuros e aos traidores nas antigas iniciações e entre os Iluminados. Hoje é apenas um símbolo que representa o desprezo que têm os maçons para o Irmão perjuro". Apesar do disfarce, a própria maçonaria em publicação oficial do Grande Oriente reconhece a existência da água tofana, que é um veneno, que se empregou contra perjuros e traidores, e que ainda a palavra permanece como símbolo... Para assunto tão grave, a confissão não podia ser mais explícita.  
     Sobre o preparo e aplicação da Água Tofana, v. A. Z. Mueller, "Entdeckte llluminaten-rècepte von Áqua Totana und anderen geheimen Mitteln", Berlin 1788. 
Fonte: https://www.passeidireto.com/arquivo/2976624/gustavo-barroso---historia-secreta-do-brasil---volumes-ii/38 (História Secreta do Brasil, tomo 2, de Gustavo Barroso, págs 112 a 114)

Abraços

2 comentários:

  1. Eu gostaria ler um comentário das três estrelas da versão da bandeira de 1817. Grato!

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    1. A bandeira da Revolução Pernambucana de 1817 foi idealizada pelo padre João Ribeiro de Melo Montenegro. A pintura ficou a cargo de Antônio Álvares e o alfaiate José do Ó Barbosa se encarregou da costura. Foi apresentada pela primeira vez em 02 de abril de 1817.

      Não há consenso sobre os significados de seus símbolos.

      Segundo a Wikipédia a cor azul do retângulo superior simboliza a grandeza do céu pernambucano; a cor branca representa a paz; o arco-íris (verde, amarelo e vermelho) representa a união de todos os pernambucanos; o sol é a força e a energia de Pernambuco e a cruz representa a fé na justiça e no entendimento. As três estrelas representam as províncias participantes da revolução: Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte.

      Na Constituição escrita pelos revolucionários pernambucanos havia a previsão de acrescentar novas estrelas à bandeira, na medida que novas províncias aderissem à república.

      A atual bandeira de Pernambuco, originada na bandeira revolução de 1817, foi oficializada pelo decreto nº 459, de 23 de fevereiro de 1917, pelo governador Manuel Antônio Pereira Borba, na comemoração do centenário desta revolução. A única modificação foi a adoção de apenas uma estrela, caracterizando o estado no conjunto da Federação.

      Fiz esses acréscimos ao texto da postagem.

      E veja também:

      Maçonaria, a inimiga do povo, moral e fé cristãs ontem e hoje
      https://askatasunaren.blogspot.com.br/2014/11/maconaria-inimiga-do-povo-moral-e-fe.html

      Maçonaria e a destruição da moral
      https://askatasunaren.blogspot.com.br/2014/12/maconaria-e-destruicao-da-moral.html

      Livros para ler neste Natal e sempre
      https://askatasunaren.blogspot.com.br/2014/12/livros-para-ler-neste-natal-e-sempre.html

      Obrigado.

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